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Segundo Souto, as
doenças podem ser transmitidas pela cavidade oral ou nasal. "As viroses
respiratórias podem ser transmitidas pelo beijo na boca. Gripe, meningite,
tuberculose, herpes é muito frequente e também a mononucleose, uma doença que
começa com febre, ínguas pelo corpo, e pode evoluir para hepatite ou
inflamação no baço", explicou o professor.
O ambiente escuro
e úmido é propício para o desenvolvimento de várias bactérias. De acordo com o
cirurgião dentista Silvio Segnini, só na boca há mil bactérias diferentes. "Sem
contar as que são desconhecidas. E o mau hálito pode ser um indicativo dessas
bactérias ou de alguma afecção na garganta", falou Segnini. A má conservação
dentária é outro fator que amplia a probabilidade de transmissão.
Entretanto,
observar o aspecto da pessoa a ser beijada nem sempre é suficiente para evitar o
risco. "Isso porque algumas doenças podem ser transmitidas mesmo se não
estiverem na fase aguda. Claro que se for na fase aguda, a transmissibilidade é
maior, mas, por exemplo, se o vírus da gripe estiver na pessoa um dia antes do
beijo, ela não vai ter sintoma e pode transmiti-lo", afirmou.
Assim também é
com o herpes e com a mononucleose, conhecida popularmente como doença do
beijo."A pessoa que transmite essas doenças pode não estar com sintoma naquele
momento. A mononucleose pode levar de uma semana a seis meses para ser curada, a
resposta ao tratamento é variável", disse Souto.
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